performance Chão de Graça, ou poço de pedrascom: magnum ângelo, valéria nunes, jorge schutze, jonatha albuquerque, glauber xavier e tácia albuquerque.
encenação: flávio rabelo
maceió/Al
2004
O início sistematizado dessa pesquisa funde-se com a criação e execução de uma outra performance gerada coletivamente a partir do universo temático das obras do escritor alagoano Graciliano Ramos
Esta fusão não ocorre exclusivamente em relação ao tempo dessas realizações, estando esses dois trabalhos também intercalados em seu horizonte conceitual e temático, caracterizando-se assim dentro da idéia de obra não acabada proposto Renato Cohen em sua tese de doutoramento: O “work in progress” na Cena Contemporânea.
Este conceito sugere a construção de uma obra que foge da idéia de um produto final, de uma ação cênica que se configure como resultado fechado em si mesmo. Opta-se gerar sua existência enquanto percurso, caminho, trajetória a ser descoberta. Ou, como explica Cohen:
Literalmente poderíamos traduzir por “trabalho em processo”, procedimento este que tem por matriz a noção de processo, feitura, iteratividade, retro-alimentação, distinguindo-se de outros procedimentos que partem de apreensões apriorísticas, de variáveis fechadas ou de sistemas não-iterativos (2004:17).
Este conceito sugere a construção de uma obra que foge da idéia de um produto final, de uma ação cênica que se configure como resultado fechado em si mesmo. Opta-se gerar sua existência enquanto percurso, caminho, trajetória a ser descoberta. Ou, como explica Cohen:
Literalmente poderíamos traduzir por “trabalho em processo”, procedimento este que tem por matriz a noção de processo, feitura, iteratividade, retro-alimentação, distinguindo-se de outros procedimentos que partem de apreensões apriorísticas, de variáveis fechadas ou de sistemas não-iterativos (2004:17).
Assim, pode-se afirmar que um trabalho decorre do outro; que a partir da realização do primeiro (Chão de Graça, ou poço da pedra), o Artista/Performer, num fluxo continuo, adentra no segundo (Estranho, um cara comum), numa busca pelo aprofundamento das questões artísticas e sociais surgidas. A ação “opera-se com maior número de variáveis abertas, partido-se de um fluxo de associações, uma rede de interesses/sensações/sincronicidades para confluir, através do processo, em um roteiro” (Cohen, 2004:17).
O que no primeiro trabalho foi resposta coletiva transforma-se nesta ‘mixagem’ em resposta pessoal, como parte de um dialogo travado entre o Perfomer criador, seu contexto sócio – político -cultural e suas inquietações estéticas.
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