20 setembro 2009

VI Festival de Apartamento

VI Festival de Apartamento
(Barão Geraldo/Campinas)
Performance Art
http://festivaldeapartamento.blogspot.com/

Organização:
Thaíse Nardim
Ludmila Castanheira
Rodrigo Emanoel Fernandes

Entrada livre,
mas
uma garrafa de vinho seria muito bem recebida


Dia 26 de Setembro de 2009, a partir das 20 horas, na
Rua Olyntho de Barros, 94 (fundos),
Residencial Burato, Barão Geraldo, Campinas/SP

Veja aqui um mapa das imediações

Pra quem vem de ônibus: ônibus 3.32 (terminal urbano acessível pela própria Rodoviária de Campinas) ou 3.31 (ponto próximo a entrada da rodoviária, na "Governador Pedro de Toledo") até o Terminal Barão Geraldo. No terminal pegar 3.20, 3.24 ou 3.27 e descer no segundo ponto da Rua Gilberto Pattaro.

Pra quem vem de carro: a partir da entrada de Barão Geraldo, seguir pela Avenida Santa Isabel até o Posto de Ponta (único posto à direita), virar à esquerda, sentido Real Parque, e seguir pela Rua Gilberto Pattaro até a Rua Olyntho de Barros.



Programação das Performances Confirmadas:
(listadas por ordem de inscrição, não necessariamente ordem de apresentação)

Montagem
Ludmila Castanheira


Era impossível imaginar como seria a cara lambuzada de cores, a espessa crosta de pó-de-arroz com dois remendos de carmim nas bochechas, as pestanas postiças, as sobrancelhas e pálpebras que pareciam pintadas com tição, e os lábios aumentados com um verniz de chocolate. Mas nem os trapos nem as tinturas eram suficientes para dissimular seu gênio: o nariz altivo, as sobrancelhas encontradas, os lábios intensos. Pensei: Um meigo touro de briga
(Gabriel García Marquez).

mel-o-drama II
Thaíse Nardim

FelicidadeagoraVocêmedeixouefoiemboraFelicidadeeunãosei DevocênemdemimDeixeiquevocêsefosseagorasofroSemvocêaqui FelicidadeescutaEvêsemeentendeemedesculpa Felicidadeeunãosei DevocênemdemimDeixeiquevocêsefosseagorasofroSemvocêaqui ÉbempossívelquevocêseesqueçaDetudoquehouveentrenós MasaconteçaoqueacontecerEstareidoseuladoPorqueteamojánão seidenósdoisDeixeiquevocêsefosseagorasofroSemvocêaqui

(o retorno da incrível máquina de clichês românticos)

aconteça-me
Rodrigo Emanoel Fernandes


... não há destino, mas tampouco há livre-arbítrio... o que me toca, o que me acontece, vem até mim através de outros, equipados com aquilo que eu mesmo (in)conscientemente liberei no mundo, embora incapaz de saber quando e de que forma o retorno se daria... me submeto, num exercício de arrogante humildade, não sem receio, mas ansioso e até mesmo com certa esperança de que parte da fome que resiste a ser traduzida obtenha uma ligeira satisfação...

sem título (2009)
Tiago de Mello

Ora, uma coisa é evidente: o Cosmo é um organismo vivo que se renova periodicamente. O mistério da inesgotável aparição da Vida é solidária à renovação rítmica do Cosmo. Por essa razão, o Cosmo é imaginado pela forma de uma árvore: o modo de ser do Cosmo e, em primeiro lugar, sua capacidade de regenerar-se infinitamente, é expresso simbolicamente pela vida da árvore.

(Mircea Eliade)

Sem Título
Henrique Iwao


Objetos - pentes, tampinhas de garrafa, canivete, alicates, cola quente, serrinha, sugador de solda, utensílios domésticos - são amplificados por microfones de contato e combinados com eletrônicos analógicos, bonecas e brinquedos modificados. São manipulados de modo que a ação seja: i. voluntária e eficaz; ii. involuntária e eficaz; iii. voluntária e ineficaz; iv. Descuidada. O resultado é um solo de música, provavelmente.

EU PAGO
Paula Barros

Trabalho desenvolvido durante o curso de graduação em performance, pela PUC-SP, onde a atriz e performer Paula Barros, externa o desespero do ato de "pagar". Pagar contas, pagar para comer, para dormir, para vestir, para divertir, para ter um corpo saudável, para morar... enfim, chamar a atenção ao ato corriqueiro do pagamento. Utilizando o corpo explicitamente como única mídia de comunicação, ao som do hino nacional brasileiro, a ação busca exprimir as marcas da sociedade contemporânea consumidora no corpo. É simplesmente um grito do corpo a tudo o que está PAGO, inclusive ao próprio corpo.

Lagrimares
Dicabeça no pirex
(Milena Edelstein & Filipe Vaz)

A performance Lagrimares aborda escoamento das veredas internas. O corpo expulsa resíduos através do choro, mas também externaliza emoções através dele, a água que escorre é uma analogia ao pranto e às dores que muitas vezes demoram a secar. Os sentimentos mais íntimos de cada indivíduo se expressam e se unem na ação, recriam um laço frágil que se une em alguns pontos, a fim de conotar a questão do compartilhamento e da exteriorização do eu no espaço público.

Enganos
Grupo Incógnita
Concepção/intérprete
: Urubatan Miranda da Silva

Dramaturgia: Ricardo Barbosa

Agora inundado em toda minha insanidade
vejo o menino Jesus triste num canto escuro
anestesiado com a estupidez da humanidade.
Nesse instante rumino meus próprios pensamentos
misturados com todos os enganos dos meus olhos.
O sexo, a carne, o sangue que mancham meus pés
e me empurram para um abismo escuro e frio
e marcam meu peito...Sufoco!
Sinto a vida partida em minhas veias necrosadas
e entre a turbulência de meus pensamentos
debruço completamente enovelado
com a música triste que sai de meus lábios
entrelaçados com a respiração que finda...sofro!

Estranho, você não é cego
Saudáveis Subversivos / Zecora Ura Theatre
Performer: Flávio Rabelo – o estranho
Participação: Patrik Vezali

"A reflexão é (...) sobreposição de dois olhares e isto porque olhar é antes do mais olhar um olhar. Se não olhasse um olhar, apenas veria. Mas se olha, é porque espera um movimento de retorno." (José Gil)

“Do que é feito o invisível que te atravessa?”

Motivados por esta dúvida, os performers estabelecem um jogo com o espaço e os corpos dos participantes, colhendo os fragmentos das frases jogados ao vento enquanto tecem suas ações.
Esta performance faz parte da série em processo ,Corpoestranho,.

m(ar) úmido
Gustavo Torrezan

Dois Atores ou atrizes trajados totalmente de branco ou na cor crú, descalços e com um esborrifador transparente que contém água e sal grosso ocuparão o ambiente esborribando água – irão tambem esborrifar uma na outra e quando se sentirem a vontade ou estimulados(as) farão o mesmo em outras pessoas.

Na Casa da Salamandra
Projeto Salamandra
(Adriane Gomes, Cristiano Feitosa, Diego Avila, Guilherme Godoy)

A Salamandra abre as portas do seu espaço de criação via webcam.

O Projeto Salamandra realiza um happening dentro de seu espaço de criação. Desenvolvendo ações para o festival, o grupo vai abordar o conceito das videoconferências a partir da luz, da direção de fotografia e da manipulação da realidade. De São Paulo, a apresentação será transmitida para o festival via webcam.



Histórico dos eventos já realizados:
http://festivaldeapartamento.blogspot.com/

Performers interessados
em apresentar seus trabalhos no festival ainda podem se inscrever enviando a ficha de inscrição e uma imagem de divulgação para: festivaldeapartamento@gmail.com



Um comentário:

Larissa disse...

Gostei muito daqui, dos vídeos, textos e do Festival de Apartamento. Cada texto das performances são bem interessantes. Te sigo. :)

P.s.: Ainda penso na decepção da sua tatuagem. HAHAHAH :*