23 novembro 2006

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No último dia 05 de novembro, mais vez fiquei observando o senhor no metro Marechal Deodoro em São Paulo, batizei-o de Marechal por questões obvias, mas tb por sua postura de luta. Ele fica imóvel por muito tempo, em pé; olhar vago como quem pensa muito e seus dedos da mãos se mechem o tempo todo - uma movimentação bem interessante - são movimento repetidos e ritmados numa frequencia acelerada. Há muitos aneis em seus dedos, o que me remeteu há um que de cigano nele tb. A maioria absoluta das pessoas passam por ele sem notar sua presença, geralmente estão entrando ou saindo da estação de metro. Ele fica em silêncio e tb não se relaciona com quem passa por ele e, aparentemente, com o espaço tb. Fiquei com a impressão que ele não está ali, que há um espaço e tempo internos outros que não aquele da porta da estação; seu olho, para quem o vê, remete ou convida ou... ou... a este 'outro lugar' e que assim, seu corpo é uma 'ausência', tanto em relação aos outros quanto em relação a si mesmo, ele ta ausente dele, do espaço, do tempo, das pessoas.

Um comentário:

guss acioli disse...

Rapazzzz, aqui tem coisas muuuuuuuuito boas. Bem interessantes mesmo... Putz... nao sabia da historia de ter se passado por mendido. Incrível. Parabéns!