05 dezembro 2007

The ofélia' s Suicide

Eu sou Ofélia. Aquela que o Rio não conservou. A mulher na forca. A mulher com as veias cortadas. A mulher com excesso de dose SOBRE OS LÀBIOS NEVE a mulher com a cabeça no fogão a gás. Ontem deixei de matar. estou só com meus seios, minhas coxas, meu frente. Rebento os instrumentos do meu cativeiro - a cadeira, a mesa, a cama. Destruo o campo de batalha que foi o meu lar. escancaro as protas para que o vento possa entrar e grito do mundo. despedaço a janela. Com as mãos sangrando rasgo as fotografias dos homens que amei e que serviram de mim na cama, mesa, na cadeira, no chão. Toco fogo na minha prisão. Atiro minhas roupas no fogo. Exumo do meu peito o relógio que era o meu coração. Vou pra rua, vestida em meu sangue.
Hamlet-Máquina
Hoje, eu e Patrik começamos a mecher na caixa de brinquedos quebrados dos filhos dos antigos moradores aqui da nova casa e acabamos entrando numa zona intensa de criação sobre o universo das Ofélias. Lembrando do texto de Miller, pensamos em criar várias caixas que tenham cenas montadas a partir destes brinquedos esquecidos com Ofélias suicidas.

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