08 dezembro 2007

))) Acabar com as obras primas,

O público que toma o falso por verdadeiro tem o senso do verdadeiro e sempre reage diante do verdadeiro quando colocado a sua frente. Não é, porém, em cena que se deve procurá-lo hoje, mas na rua, e, ofereça a massa das ruas uma ocasião para mostrar sua dignidade humana, que ela a mostrará. (85:2006)

Basta, de uma vez por todas, de manifestações de arte fechada, egoist e pessoal. (89:2006)


Mas “teatro da crueldade” quer dizer teatro difícil e cruel antes de mais nada para mim mesmo. (89:2006)


Não somos livres. E o céu ainda pode desabar sobre nossas cabeças. E to teatro é feito para, antes de mais nada, mostrar-nos isso. (89:2006)


Há um risco, mas acho que nas circunstâncias atuais vale a pena corrê-lo. Não creio que consigamos reavivar o estado de coisas em que vivemos e nem creio que valha a pena aferrar-se a isso; mas proponho alguma coisa para sair do marasmo, em vez de continuar a reclamar desse marasmo e do tédio, da inércia e da imbecilidade de tudo. (93:2006)

ARTAUD, Antonin. O teatro e seu duplo. Tradução de Teixeira Coelho, revisão da tradução Mônica Stahel. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006. (Tópicos).

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